domingo, 27 de maio de 2007

Sonho de uma noite de inverno!

Esta noite foi muito estranha, encontrei com pessoas que nunca vi, me chamando de irmão, e crianças chorando, perdidas em meio à confusão, era um lugar estranho, era escuro e fedia muito, só de respirar, dava ancia de vomito, todas as pessoas me cumprimentavam, e eu era muito admirado, mas nada daquilo fazia sentido, eu não me reconhecia, sabe quando você tem a sensação de que você é outra pessoa? Era justamente assim que eu me sentia.

Do meio da multidão, saiu um senhor, cabelos grisalhos, óculos escuros, chapéu preto, e um terno cinza. Foi inevitável, a primeira coisa que pensei ao olhar pra ele foi: “Que porra, um breu desses e esse cara de óculos escuro.” Ele veio em minha direção e tirou os óculos, vi seus olhos, brancos como o gelo, e frio como tal, apesar de sentir um arrepio na espinha, nunca senti uma paz tão grande, ele segurou na minha mão e com um aperto de mão firme, olhou nos olhos e disse:

Gabriel há muito tempo esperavas-mos por você, teu pai está aqui, e te aguarda no trono.
Venha comigo, te levarei até ele.

Meu pai? Ele tava na cama, me lembro de ter passado no quarto dele a noite, como faço todas as noites, sempre que chego da faculdade, passo no quarto dele, de vez em quando ele levanta e nós lanchamos juntos, às vezes, minha mãe vem e faz um sanduíche pra nos. Desta vez, eles já estavam dormindo, mas tenho certeza que estão seguros em casa. O que diabo ele estaria fazendo aqui?

O senhor me conduziu a uma porta, ela era muito grande, como uma porta de igreja barroca, como as que eu dormi variam vezes, de porre em ouro preto, em carnavais e festas na cidade.

- Só posso te trazer até aqui, eu e seu pai, não podemos nos ver, sabe como ele é genioso, se ele me ver com você, seria uma batalha de mil séculos. Mas acredito na sua jornada, e te ajudarei em que você estiver precisando, pode sempre contar comigo.

Ele me deu um forte abraço, e virou as costas, enquanto ele se afastava, eu percebi uma coisa estranha, onde ele pisava, ficava uma pegada de uma gosma preta, não sei o que era, mas que aquilo foi sinistro, foi.

Abri a porta, e para o meu total espanto, eu realmente tava entrando em uma igreja, ela era enorme, a nave devia ter uns 15 m, o altar era todo em ouro, e reluzia como tal. O clima la dentro era totalmente diferente do que eu passara minutos atrás. Era uma paz duradoura, o cheiro de incenso e mirra, era quase sufocante, mas estranhamente agradável.

No altar, realmente tinha um trono, e nele, descia um feixe de luz, tão branco, que era quase impossível de se olhar, doía só de tentar.

Após meus olhos se acostumarem com a luz, percebi que tinha alguém sentado, e der repente, ele se moveu, saiu da luz e desceu o altar em minha direção. Era um homem alto, loiro, com os olhos negros como a noite e a voz mais doce que eu já ouvi.

Venha a mim, meu filho, satisfaça-se com a minha paz, e seja perdoado da vida mundana que você levou até hoje.

Estremeci todo ao ouvir aquela voz, senti uma vontade incontrolável de chorar, e não conseguia parar, sabe quando você é apenas uma inocente criança, ta bem la assistindo bambi, e der repente, matam a mãe dele? Multiplica isso por um milhão, isso não foi nem perto do que eu senti.

Cai de joelhos, minhas pernas estavam bambas, e não conseguia ficar de pé, ele se ajoelhou e levantou meu rosto:

Meu filho olhe para mim, não precisa temer, nem chorar mais, preciso de você agora, para levar minha palavra ao coração dos homens, e acalmá-los, neste momento de dor.

Quem é você.

Eu, sou teu pai e teu irmão, teu irmão, porque todos somos filhos do deus criador, e seu pai, porque foi eu que junto com ele, construiu sua alma.

Ele me levantou, e me deu um forte abraço, eu senti um cheiro, era um cheiro especial, nunca vou esquecer aquele cheiro, era como natal na infância.

Tenho o teu nome, porque a partir de agora, seremos um só, andareis com teus pés e tu voaras com minhas asas, veremos dos mesmos olhos, e quando tuas pernas fraquejarem, será as minhas que te sustentarão.

Agora teu nome ganhara força, porque será o nosso nome, Gabriel, o portador da palavra de deus, e com ela, alimentar o coração dos homens, e destruir a alma dos nossos inimigos.

Ó Deus, não guardes silêncio; não te cales nem fiques impassível, ó Deus. Pois eis que teus inimigos se alvoroçam, e os que te odeiam levantam a cabeça. Astutamente formam conselho contra o teu povo, e conspiram contra os teus protegidos. Dizem eles: Vinde, e apaguemo-los para que não sejam nação, nem seja lembrado mais o nome de Israel. Pois à uma se conluiam; aliam-se contra ti as tendas de Edom e os ismaelitas, Moabe e os hagarenosGebal, Amom e Amaleque, e a Filístia com os habitantes de tiro. Também a Assíria se ligou a eles; eles são o braço forte dos filhos de Ló. Faze-lhes como fizeste a Midiã, como a Sísera, como a Jabim junto ao rio Quisom, os quais foram destruídos em En-Dor; tornaram-se esterco para a terra. Faze aos seus nobres como a Orebe e a Zeebe; e a todos os seus príncipes como a Zebá e a Zalmuna, que disseram: Tomemos para nós as pastagens de Deus. Deus meu, faze-os como um turbilhão de pó, como a palha diante do vento. Como o fogo queima um bosque, e como a chama incedeia as montanhas, assim persegue-os com a tua tempestade, e assombra-os com o teu furacão. Cobre-lhes o rosto de confusão, de modo que busquem o teu nome, Senhor. Sejam envergonhados e conturbados perpetuamente; sejam confundidos, e pereçam, para que saibam que só tu, cujo nome é o Senhor, és o Altíssimo sobre toda a terra.

Engraçado, des da hora que eu acordei esse salmo não me saiu da cabeça.

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